texto-reflexão
Pole dance ajuda na autoestima?
- Na maioria das vezes, sim! O simples fato de uma pessoa encontrar uma atividade que sente prazer já é um largo passo para a autoaceitação. Também sabemos que a atividade física por si só libera endorfina, além da alegria da sociabilização em sala de aula. Existe um processo muito bonito de fazer uma atividade seminua que te faz normalizar sua autoimagem no espelho e encontrar a paz no seu corpo como ele é. A saúde da atividade não é sobre perda de peso: é sobre estar em movimento e feliz com seu corpo e tudo aquilo que ele é capaz de fazer e aprender. Isso é um ponto que temos muito orgulho de valorizar e incentivar e creio que podemos falar por toda a comunidade do pole.
Mas também sabemos que essas mesmas questões que citamos acima podem ser gatilhos para muitas pessoas. Existem muitas pole dancers cheias de inseguranças também e, muitas vezes, não se sentem à vontade para expressá-las. Mas porque essa contradição, e como evitar?
1. Reflita sobre a abordagem da sua professora em aula: elu faz comentários sobre os corpos das pessoas? Compara o progresso de uma em detrimento da outra?
2. Onde você pratica pole dance ou outras atividades físicas os corpos são todos padronizados? Você sente que o espaço tem cuidado para fazer diferentes corpos se sentirem acolhidos (em tamanho, dificuldade de aprendizagem, cor, gênero e idade …)?
3. Nas suas redes sociais, você segue contas de artistas com diferentes corpos ou só acompanha o trabalho de dançarines "padrões"?
4. E enquanto alune, você faz comentários, piadas ou críticas sobre o peso ou outras características físicas de seus colegas em sala também?
Queremos dizer com tudo isso que SIM, o pole dance é contra a padronização de corpos, mas isso é um processo lento e muitas vezes doloroso. É preciso acolher nossas insegurança também. Entender as causas e perceber como podemos melhorar enquanto comunidade para não seguir marginalizando corpos. E, ainda por cima, buscando um corpo "perfeito" que sabemos que não é real para ninguém - idealizado e mascarado, muitas vezes, por filtros e photoshop na midia geral e redes sociais. Essa contradição pode ser desafiadora, mas é fundamental que criemos um ambiente inclusivo e acolhedor, onde todas as pessoas se sintam seguras para compartilhar suas experiências e emoções. Isso pode envolver a conscientização sobre questões relacionadas à imagem corporal, bem como a promoção de diálogos abertos e honestos sobre os desafios que enfrentamos como indivíduos e comunidade.
E você? Tem alguma dica que gostaria de compartilhar sobre como melhorar a postura na prática do pole para ser mais acolhedora à todes? Estamos abertas pra te ouvir sempre.
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